terça-feira, 20 de abril de 2010

INOVACINE lota sessão em Soure

A sessão de cinema realizada neste domingo (18 de abril) pelo projeto INOVACINE levou centenas de pessoas ao trapiche de Soure. A projeção encerrou as atividades de mais uma oficina de formação cineclubista realizada pelo projeto. A oficina teve a participação de jovens de escolas, comunidades, grupos de teatro e de projetos como Pro-Jovem e Cavalgar, além de estudantes que participam do programa PIBIC-Júnior, da Fapespa, sob a tutoria da professora-doutora Bete Vidal.

Com o apoio do Ponto de Cultura Cruzeirinho, do Centro de Referência e Assistência Social e da Secretaria de Turismo do Município, a oficina projetou e realizou debates sobre os filmes “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha (dia 16) e “O Atalante”, de Jean Vigo (dia 17). Na programação de domingo, estavam os filmes realizados de forma coletiva por jovens através do projeto “Resistência Marajoara”, premiado pela Fundação Nacional de Arte: “A lenda da cobra grande”, “A Festa da cobra”, além de documentários com ativistas e mestres da cultura local, como Regatão, Paulo Alex, Dirlene Silva e Ronaldo Guedes.








De acordo com Cris Penante, uma das realizadoras do Coletivo Resistência Marajoara, e também participante da oficina, o leque de conhecimentos que ela adquiriu serão repassados à comunidade. Ela diz que a “o acontecimento foi bastante importante”. O estudante Miguel Brasil Silva, que também participou da oficina, afirma que o material trabalhado na oficina vai servir como base para um futuro cineclube sourense: “a forma bastante esclarecedora que nos foram repassados os conceitos nos faz vir a refletir sobre os autores e as obras, ou seja, um olhar crítico e social”

FELLINI NO TAPAJÓS - O midiativista Jáder Gama, que coordena a ONG Puraquê, em Santarém, informou ontem que a semente plantada pelo INOVACINE já está a dar frutos no município. Gama disse que na noite de ontem foi oficialmente inaugurado o CINECLUBE PURAQUÊ, com a projeção do filme “Oito e meio”, de Frederico Felini. De acordo com Mateus Moura, da Associação Paraense de Jovens Críticos de Cinema, entidade parceira da Fapespa no INOVACINE, “esta foi a melhor notícia dos últimos tempos”.















BRAGANÇA – a próxima parada do projeto será no Município de Bragança, entre os dias 24 de abril e 1 de maio. O INOVACINE tem promovido, desde setembro do ano passado, sessões cineclubistas e oficinas nos pontos de cultura e infocentros do NavegaPará, em Belém e no interior do Estado. Os diálogos são gravados e uma brochura com o teor dos mesmos será lançada em seminário que vai discutir cinema paraense, previsto para acontecer no segundo semestre deste ano.

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FONTE: Ascom/Fapespa
(http://www.fapespa.pa.gov.br/?q=node/1369)












OFICINA DE CINECLUBISMO EM SOURE
















... porque assim é a sina marajoara

... nestes dias em que recordamos o velho Gallo e a sua saga utópica que foi a de edificar um Museu VIVO em Cachoeira do Arari, recolhendo a HISTÓRIA que brota dos (e nos) campos marajoaras, uma história que se insurge pela via da luta destas mulheres e homens que trazem em si toda a ancestralidade amazônida, história que não se deixa sufocar por sob a terra, história revolvida pelas águas dos temporais e tempestades que insistem em castigar e florir estes campos, história de amor, de morte, de vida, de ódio, história de arte, mas não uma arte acadêmica, presa a conceitos, fechada e ensimesmada, pois que é a história da arte da sabedoria popular, que passa e que fica impregnada pelas gerações que se vão desbrochando, uma história que só a vive o ser humano que tem, consciência do seu sentimento trágico, épico, porque assim é a saga marajoara...

CARPINTEIRO

quarta-feira, 14 de abril de 2010

De volta a Soure com muito orgulho

Através do INOVACINE - FAPESPA que vai a Soure esta semana fazer oficina de cineclubismo, acontecerá a estréia dos
filmes realizados pelo Resistência Marajoara em 2009 com a comunidade local durante residência artística no ponto de cultura Reconquistando Arte, Cultura e Cidadania.
Quando iniciamos o projeto por lá, a fala comum era de que, pessoas de fora do Marajó se instalam na ilha, pesquisam, realizam seus trabalhos e levam sem deixar absolutamente nada para a comunidade, que sem retorno se sente usurpada.
O retorno destes filmes para a comunidade de Soure neste momento, é para mim uma grande satisfação, é sinal de que precisamos reconhecer o alto valor da cultura marajoara neste processo de afirmação da identidade amazônida, mas isto não fica por aí, precisamos ainda garantir que estas pessoas tenham acesso aos bens culturais produzidos por elas e por outras pessoas de onde quer que seja, e o audiovisual tem muito mais a contribuir com isto, é hora de plantarmos as sementes de um pensamento mais fraterno, mais igualitário em hora de reconhecermos nossas diferenças numa busca de democratizar a arte, condição mínima para o real desenvolvimento que tanto precisamos. .
Nós artistas, poetas, educadores, produtores, pesquisadores, articuladores sociais, e quem mais vier a somar será sempre bem-vindo, convido a todos a participar desta corrente, convido a todos a entrar nesta corrente cineclubista!
Bela do Lago.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

tambores digitais?

FUI AO TEIA – TAMBORES DIGITAIS E ME SENTI MUITO BEM NO MEIO DE TODA AQUELA CONFUSÃO.
Participei da mostra artística (de 25/03 a 29/03 em Fortaleza -CE) levando dois filmes do projeto Resistência Marajoara, o documental “FESTA DA COBRA” e o Vídeo-teatro “Sucuriju: o Suspiro da princesa encantada”, ambos realizados em Soure no ano de 2009.
A projeção foi excelente, apesar de o pessoas por lá se atrapalhar com datas, títulos e públicos, ou seja, com tudo! Por este motivo, misturaram com a sessão de filmes infantis, e lá estavam as crianças dos pontinhos assistindo a um vídeo institucional do programa CULTURA VIVA de quaze 1 hora de duração (que esvaziou a sala), depois muitos documentários adultíssimos sobre os mais variados e absurdos temas, até que finalmente, chegou minha vez (digo... nossa vez já que ali eu representava uma coletividade): Resolvi interferir para acordar os sobreviventes da mostra, que somavam um total de 6 crianças e 8 adultos, escolhi uma foto bem bonita de Soure, inverti o foco do projetor e fiz um teatro de sombra, em diálogo eu e uma máscara contamos a estória da Sucuriju, tal e qual ouvi mestre Hilário contar.
A isto, teatro de sombra, uma senhora da platéia categorizou como “quaze cinema” adorei o termo, as pessoas ficaram muito curiosas a respeito da mítica das cobras e depois de projetar o video-teatro, também rolou “a festa da cobra”, a galera gostou bastante, no saldo disso tudo fiz 08 cópias destes filmes para as pessoas que me pediram.
Isabela do Lago.