segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Cinema de Rua retoma atividades

http://www.cinemaderua.blogspot.com/


Projeto de agitação social, intervenção urbana e inclusão cultural, o CINEMA DE RUA volta à cena na próxima semana, com sessões cineclubistas ao ar livre. Desta vez, entretanto, o projeto assume a extensão brasileira do Festival internacional de Cinema Social (FEST-FISC), que acontece simultaneamente em Dakar (Senegal) e no Brasil, como atividade autogestionada do Fórum Social Mundial.

Precedida de conferências relâmpagos sobre temas transversais (arte, filosofia, política) e declamações de poemas, a programação, que tem filmes paraenses, nacionais e africanos, têm data e hora marcadas para acontecer: dias 8, 9 e 10 de fevereiro (19H), na Praça Tancredo Neves, bairro da Marambaia.

Articulado pelo Cineclube Amazonas Douro e o Coletivo REDE Aparelho, e agora em parceria com o projeto TELA DE RUA/Cine Moculma (Movimento Cultural da Marambaia), com apoio do Fórum Social Mundial, Universidade Federal do Pará (Departamento de Antropologia), Federação Paraense de Cineclubes – PARACINE, o CINEMA DE RUA segundo os seus organizadores, realiza sessões em espaços abertos, para que o cinema se transubstancie.

“A maioria das pessoas que assistem às nossas sessões nunca foi ao cinema, portanto, o nosso papel é o de literalmente levar a arte cinematográfica aonde o povo está, o que exige ainda mais responsabilidade, porque agregamos a comunidade em torno de uma ação com a qual ela se identifica e a partir da qual ela se transubstancia”, garante o diretor regional do Conselho Nacional de Cineclubes (CNC), Arthur Leandro.

O CINEMA DE RUA, nesse sentido, é uma ação direta da própria comunidade, motivo pelo qual as pessoas anônimas acabam por ser tornar atores da cena sociocultural, na medida em que a projeção é acompanhada por um conjunto de atores sociais periféricos que afinal de contas interferem na obra projetada, seja ao participar diretamente da sessão, vendo-a do começo ao fim, seja como um simples transeunte (aleatório), que, mesmo de forma passageira, no seu cotidiano, passa pela rua ou pela praça aonde a sessão acontece.

Parceria – A partir desta parceria com o FEST-FISC, que é, aliás, a única atividade audiovisual com origem amazônica a ser convidada para participar do FSM, o CINEMA DE RUA promete ocupar mensalmente a Praça Tancredo Neves, sempre com a grade de filmes do festival. O leitor que fizer rápida visita em www.cinemaderua.blogspot.com pode acompanhar de perto os passos do CINEMA DE RUA, que começou suas atividades no ano de 2009, tendo realizado sessões em diversos bairros de Belém, seja no centro seja na periferia.

“A parceria entre CINEMA DE RUA + FEST-FISC expressa a capacidade de articulação dos produtores independentes e reforça a importância da Amazônia no campo da produção audiovisual mundial”, finaliza o agitador cineclubista Francisco Weyl, coordenador da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes.

Serviço – FEST-FISC BRASIL. Dias 8, 9 e 10 de fevereiro de 2011. Na praça Tancredo Neves, Marambaia, 19H. Parceria FSM / CINEMA DE RUA / PARACINE / UFPA(ANTROPOLIGIA) / REDE APARELHO / MOCULMA-TELA DE RUA / CINECLUBE AMAZONAS DOURO. Informações adicionais poderão ser obtidas através do telefone: 55(91) 8330-9435 ou do e-mail: festfisc@gmail.com

Programação:

DIA 8 DE FEVEREIRO DE 2011: Como a noite apareceu” – Alexandre Perim (ESPIRITO SANTO - BRASIL) / “Horizontem” – Amaury Tangará (MATO GROSSO - BRASIL) / Visagem” – Roger Lou (MINAS GERAIS - BRASIL) / Sonoro Diamante Negro” – Suely Nascimento (PARÁ - BRASIL) / “O mastro de São Caralho” – Márcio Barradas (PARÁ - BRASIL);

DIA 9 DE FEVEREIRO DE 2011: “Guiné-Bissau- colorido de ritmos e movimentos” –Hilton P. Silva (BRASIL / GUINÉ) / “Salinas Zacarias” – Chico Carneiro (Moçambique) / “Dezinho: vida, sonho e luta” - Evandro Medeiros (BRASIL) / “Meta_fora” – Coletivo Cinema Pobre (Cabo Verde) / “Contracorrente” – Francisco Weyl (BRASIL) / “Rapsódia do absurdo” – Cláudia Nunes (BRASIL) / “Pré-socrárticos e indígenas” – Jorge Bodansky (BRASIL) ;

DIA 10 DE FEVEREIRO DE 2011: “Quem cortou a língua de feiticeira que os donos do mundo temiam?” (Coletivo Resistência Marajoara – BRASIL) / “A lenda da cobra grande” (Coletivo Resistência Marajoara – BRASIL/ “A festa da cobra” (Coletivo Resistência Marajoara – BRASIL)/ Marajó, O Movimento das Águas (SÉRGIO PÉO – RIO DE JANEIRO- BRASIL)

Belém, 2 de fevereiro de 2011

©

Francisco Weyl

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