quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Devo confessar que não sabia muito bem oque fazer de minha oficina no projeto de residência no Marajó

, ainda mais depois de tantas mudanças... perdi o fio, anotei alguns desejos praticamente impossíveis, li coisas absurdas (sobre trabalhos de outras pessoas e até sobre o meu), e já estava anunciada a minha desistência quando outro dia conversando com Jô, uma menina de Salvaterra que morou em Soure, bem ela é da comunidade rural do Pau que Ronca, e nem me perguntem a origem do nome, não importa agora, importa que a Jô me contou um caso que aconteceu recentemente em Soure e tudo ficou muito lógico pra mim.
Bem, acontece que outro dia uma matinta pereira de Breves resolveu ir passear em Soure, foi voando(claro!), e quando chegou lá toda afoita a coitadinha bateu num poste de fiação elétrica e caiu eletrocultada, todos viram!!!! Inclusive a mãe de Jô, tomaram grande susto quando ela caiu no chão ainda “ingerada” e se “desingerou”, viram que era uma mulher que se ‘ingera de matinta” e levaram-na ao hospital, mas na ruas todos riram dela pelo grande tombo. A tal ficou muito furiosa com a pilhéria da galera, ali internada ela avisou que um dia ia se vingar.
Dali há umas três noites a matinta sumiu do hospital e todos ficaram apavorados (inclusive eu que boestou indo a Soure semana q vem e acabei de rir muito desta matinta).
Eu- Tiveste medo?
Jô- tenho, ela vai voltar.
Eu- Como era a matinta, virada em matinta.
Jô- Mulher e Bicho.
Eu- Então já sei o que fazer das máscaras!
Jô- Humpf!

© ISABELA DO LAGO

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