Apesar de eu não ter interferido na montagem, muito daquilo parece que foi feito por mim, a seqüência é a mesma pensada anteriormente, isso com certeza é fruto da apreciação sensível que também deve ter crédito na convivência e na segurança do fazer experiente.
Mas ainda assim, não me sinto de todo contemplada, se possível, senhor coordenador, me deixa montar, ou brincar de montar, já que quero fazer isso para complementar o aprendizado que tive na experiência do projeto.
Nesta brincadeira de montagem, eu, em primeiro lugar, eu trocaria o “criativo” título de A Lenda da Cobra Grande, para Sucuriju: o suspiro da princesa encantada (que foi a história narrada pelo Sr. Ilário, que não se trata de lenda, e sim da representação do mito da Cobra grande segundo a encantaria, ou pena e maracá como ele mesmo coloca), por isso também devolveria o batuque de mina e mandaria pro espaço o lost in transition, muito bonita a sonoridade, mas deixou com cara de clip de banda emo norteamericana, nada igual às rudes montagens sonoras que com o custo de longas horas de batalha aprendi a fazer, bem é só uma proposta, uma observação com a preocupação de quem tentou fazer um trabalho sem muitos artificialismos com a proposta simples de que os jovens se permitissem vivenciar algum nível de delírio, mesmo falando dos temas reais da cultura local.
Infelizmente nem todos os participantes viram a projeção do videoteatro, mas quem viu ficou muito contente, eu fiquei também, por isso aqui eu agradeço a oportunidade de ter trabalhado nesta ação, já disse tanto em outras vezes, e não sei se fiz o suficiente, muito embora, para este fim de trabalho eu tenha pensado tantas coisas que não consegui realizar, fico aqui com os 50 contos trocados por serviços de acompanhante e a memória dos acontecimentos no campo de trabalho, tenho já alguma saudade, mas estou me despedindo, espero poder rever o Marajó em outras circunstâncias, e que o Resistência Marajoara não pare por aqui, ganhe força e vigor, deixo um forte abraço a todos, fecho as cortinas em aplausos astrais para toda a gente que colaborou com o videoteatro.
Isabela do Lago
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