segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Oficina:

Foi bom e sempre é bom estar no Marajó, amo o brilho do olhar das pessoas, as peles, as ruas largas de Soure, o sol com luz dura, a terra está seca, o vento forte fez o barco jogar bastante na ida, mas o balançar da maresia foi pra mim o aconchego doce da natureza me ninando, lindo e profundo Marajó.

A oficina na escola Edda Gonçalves não foi das melhores, houveram contratempos entre a fala acelerada do Francisco e a compreensão descompassada do Diretor da escola, e eu ali, achando que poderia ajudar em alguma coisa. Isto sem falar na limitação com o Linux, onde eu confesso e lamento minha ignorância, mas lamento mesmo é a gestão da escola no laboratório de informática (e ao que me parece, de acordo com experiências anteriores, em todas as escolas acontece assim) se é para popularizar o acesso dos estudantes, se é para informatizar a educação, se é apara alargar horizontes e tudo mais que reza a cartilha dos tais laboratórios, porque não conseguem confiar no estudante? Porque a presença de um verdugo criticando o uso que os alunos fazem do computador? Que modelo de educação é esse? O laboratório parece um campo de concentração de condenados ao uso limitado das ferramentas “EDUCATIVAS” da internet, numa proposta centralizadora e condenatória gerando insegurança ao invés de aprendizado, o resultado desse jogo é o mesmo pavio curto das trincheiras obscuras da sala de aula, em que poder e saber resolvem-se na equação de resultado exato da nota que dá para passar de ano.

Educadores abram os olhos, precisamos de um futuro mais seguro, colaborativo, produtivo e nossa juventude está sempre submetida a esta matemática nunca abstrata onde o desenvolvimento socioafetivo e as demais sensibilidades necessárias da percepção não têm espaço sequer na hora do recreio.

Isabela do Lago

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