terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Processo

Tentarei utilizar poucas palavras para sintetizar este momento (agora!). E sei que poderia dizê-lo de forma objetiva: publiquei o relatório final e a prestação de contas do RESISTÊENCIA MARAJOARA no blog oficial do projeto (www.resistenciamarajoara.blogspot.com), mas, peço desculpas, vou fazê-lo de outra forma, poética.
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Tentarei utilizar poucas palavras para sintetizar este momento (agora!). E sei que poderia dizê-lo de forma objetiva: publiquei o relatório final e a prestação de contas do RESISTÊENCIA MARAJOARA no blog oficial do projeto (www.resistenciamarajoara.blogspot.com), mas, peço desculpas, vou fazê-lo de outra forma, poética.
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Ao menos para aqueles que tem demonstrado interesse e também aos curiosos e mesmo a estes todos que nos tem acompanhado de forma crítica – porque assim tem de ser, portanto, a estes todos que nos desafiam, de certeza, para que sejamos capazes de construir este processo-resultado de um trajeto artístico visceral, porque verdadeiro, porque empenhado, porque sem economia de esforços, porque corajoso, porque solidário, porque criador e criativo, a estes anunciamos o fechamento(institucional) de um ciclo que vem sendo instaurado desde quando o sonho é sonho e a arte, arte, mas que - de nossa parte - se consolidou na seleção do RESISTÊNCIA MARAJOARA pelo prêmio interações artísticas – residências estéticas em pontos de cultura, da Funarte (2008/2009) – e que se transformou em todo o percurso de alguns artistas que se lançaram para partilhar a produção de seus conteúdos de uma forma despojada, sem as tais verdades pre-concebidas, na comunidade da Ilha de Soure (Marajó).
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Artistas aprendizes dos meninos e das meninas que aderiram com um fôlego mais que vital a este sonho – também de todos eles, artistas seres humanos de carne e osso e como tais passíveis a idealismos e confrontos com a dinâmica e a complexidade da realidade, artistas em estado de permanente choque consigo próprios e com as sociedades que lhes circundam e das quais fazem parte, artistas pragmáticos, além do bem e do mal, dispostos a experienciar o que não sabem, dispostos a construir as coisas a partir delas mesmas, artistas, humanos, demasiado-humanos, com o coração aberto para a construção dos processos de cidadania e de fortalecimento e radicalização das democracias, artistas em poesia, de olhos abertos para as imagens que se foram revelando a partir dos encontros com jovens em diversas oficinas nas quais tudo era permitido em nome da arte.
Em nome da arte, “encerramos” um ciclo institucional, com o envio do relatório que segue abaixo (à Funarte).
Em nome da ética, também encerro um outro ciclo, com a publicação da prestação de contas dos recursos recebidos para o desenvolvimento deste Projeto.
Os sonhos, continuamos a sonhá-los.

Francisco Weyl
1 de dezembro de 2009
-- © Francisco Weyl
Carpinteiro de poesia e de cinema
00 55 91 - 8114 8146 / 4009 2514
www.resistenciamarajoara.blogspot.com
www.cinemaderua.blogspot.com

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