quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
A festa da cobra, filme coletivo do RESISTÊNCIA MARAJOARA
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Filmes reverenciam Dalcídio Jurandir
A produção do coletivo tem como referencial a obra de Dalcídio Jurandir, são diversas obras audiovisuais, entre documentários, ficções, entrevistas e experimentos aleatórios de captura imagética com jovens de faixa etária entre 15 e 20 anos (a maioria dos quais sem jamais ter manipulado câmeras de filmar). As reflexões, os diários de bordo (ou de naufrágio) e fotos do projeto podem ser acessados em http://www.resistencia,arajoara.blogspot.com.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
RESISTÊNCIA em cena
Na semana passada, Francisco Weyl foi ao CINE PERIFERIA e comentou sobre a ação do coletivo que reune cerca de 30 pessoas na comunidade de Soure, MARAJÓ.
ISABELA DO LAGO (foto) foi ao Líbero Luxardo nesta semana comentar os filmes realizados pelo coletivo em 2009.
A conversa foi boa.
No geral, dissemos o que sempre fazemos: COLETIVO é COLETIVO.
O RESISTÊNCIA tem a sua força na relação de amizade e solidariedade social e artística que lhe originou.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
A BARONIA DA ILHA GRANDE DE JOANNES CONTRA O CACICADO MARAJOARA.
Me prestem um tico d'atenção:
Antigamente, o sábio Aristote [Aristóteles, 384 a.C – 322 a.C],
Aluno de Platão e mestre de Alexandre Magno
Ensinou, diz-que, que o homem é animal político...
Bonito pra tua cara, sumano; caboco ladino metido a besta!
Tiro e queda! O homem acertou no alvo em cheio:
Dona Escolástica, professora do rio Camutins; a senhora acredita?
Anajás e Arari paresque foi povo organizado há mil anos
Cacicado político: que nem no tempo do grego Aristote
Lá e cá gente era paresque xerimbado de aldeia
Vésperas da cidade antiga e medieval...
Nestas paragens a Missão ou o tal Diretório dos Índios
Como cão e gato; que nem vegetais domésticos pelo uso
Da panela
Mandioca utilíssima de cada dia ou trigo do pão nosso, por exemplo.
Mas porém, apesar da mundial domesticação
Digo, da civilização do bicho-homem nos quatro cantos do Planeta
O homem continua lobo do homem...
Ou onça, como diria um caboco expedito
Lobo mau coberto de lã de cordeirinho:
Quanto mais boazinha a encomenda, se prepare à porrada seu compadre!...
O sábio Alexandre Rodrigues Ferreira
Tão logo pôs os pés no grão Pará achou cabeça de índio degolada
Mandou a peça a Coimbra iniciando a “Viagem Philosophica” (1783-1792)
Classificou o bárbaro inimigo da Colonização
Com nome científico de Homo sapiens var. Tapuya...
Pelo menos a variedade do homem amazônida
Fazia diferença à aldeia global...
Paresque, um sub-Homem na escala zoológica aos olhos da Ciência
Mas porém homem, de qualquer maneira, sem deixar de ser bicho...
Menos mal que o conceito canônico do jurista Sepúlveda
A quem, diz-que, índio era bicho de parte inteira e não havia alma
Nem pra remédio da selvageria:
Não ria, dona Maria, é verdade...
O velho mundo descobriu a Evolução no novo continente:
Todavia índio sabia que, antigamente, os bichos foram gente...
Taí Charli Darvin [Charles Darwin] que não me deixa mentir.
Atestado de que a humanidade é filha da animalidade (Edgar Morin)
Plantas e bichos depois de padecer tremenda devastação e extinção
Para acumular Capital a poucos homens-bons donos da Terra
Diz-que por direito divino ou indústria do Tinhoso
Carecem de proteção para segurança da própria Humanidade.
Cada homem vive necessariamente num território,
Que defende com unhas e dentes, como qualquer bicho defende a toca
Ou procura conquistar custe o que custar.
O centro do espaço antrópico [terra dos homens] é a Cidade (pólis, em grego):
Lugar coletivo, compartilhado
Espaço de convivência com os outros
Passagem para o Interior e abertura ao mundo exterior
Da cidade se surdiram depois de milênios a ciência e arte Política
O homem nômade inventou a primitiva aldeia
Ficou sedentário: casa, remo e canoa (fortuna ribeirinha);
A evolução da aldeia virou cidade
Com esta última a Cidadania veio à baila
E a cidadania extrapola à cidade
Chega ela ao meio rural
Florestal e ribeirinho, por que não, meu irmão?
Zá Varella
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Glauber Navega na vanguarda
Movido pos este e outros motivos, este home, que, mais que produtor, é cantor, mais que cantor, compositor, mais que compositor, poeta, organizou o CINEMA DE GLAUBER FALADO DE NOVO, uma cena histórica que tem a marca de vanguarda, sem trocadilhos, da VANGUARDA, jornal-revista projeto que também é ponto de mídia livre.
Glauber Navega na vanguarda
Assim é este CINEMA DE GLUBAER FALADO DE NOVO sob o paradigma do Navegando na Vanguarda, um programa aberto por concertos de diversos ritmos (por que não dizer tropicalistas?), bandas de blues, de reggae, de hip-hop, gritos poéticos que cheguei a dar a partir das falas de Glauber, e, claro, projeções cinematográficas, cuja curadoria privilegiou tanto a obra artística do gênio homenageado quanto de outros realizadores como Sílvio Back e Erick Rocha, que também contaram com generosidade um pouco da saga glauberiana.
Macapá, Amapá, 14:35H
Carpinteiro de poesia e de cinema
FRANCISCO WEYL
Glauber Navega na vanguarda
Macapá, Amapá, 14:35H
Carpinteiro de poesia e de cinema
FRANCISCO WEYL
Glauber Navega na vanguarda
Esta noite, dia 25 de agosto, vai rolar BARRAVENTO, seguido dos meus comentários em diálogo tipicamente cineclubista com a galera bem disposta a digerir alguma coisa além do que estes enlatados que a subcultura americana nos impõe.
Amanhã, dia 26 de agosto, à marteladas, partirei ainda mais os cérebros que ainda resistirem da batalha que haveremos de travar logo após a exibição de BARRAVENTO.
Sob o tema dialético GLAUBER E NIETZSCHE, POETAS DA SÍNTESE, tentarei fazer um percursos que poucos conseguem superar e atravessar uma ponte que transporta o pensamento destes dois poetas-filósofos.
Macapá, Amapá, 14:35H
Carpinteiro de poesia e de cinema
FRANCISCO WEYL
Glauber Navega na vanguarda
O essencial disso tudo é que me sinto orgulhos de ser um cidadão amazônida e poder estar no Amapá a dialogar sobre Glauber Rocha e partilhar estas experiências que afirmam a diferença numa sociedade tão diversa, mas que é ainda obediente ás burocracias e normas institucionais e estéticas, pelo que, GRITAR GLAUBER em Macapá, Amapá, é, sem sombra de dúvida, uma ação paradigmática de natureza revolucionária – típica daqueles que acreditam no cinema e na arte como uma instrumento de (trans)formação da consciência e da existência humana.
Macapá, Amapá, 14:35H
Carpinteiro de poesia e de cinema
FRANCISCO WEYL
quarta-feira, 25 de maio de 2011
CARTA ABERTA PELA ÉTICA NA POLÍTICA
terça-feira, 5 de abril de 2011
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
RESISTÊNCIA MARAJOARA VAI À ÁFRICA
DIA 10 DE FEVEREIRO DE 2011
Mostra “Resistência Marajoara”
Mostra com filmes dos jovens realizadores da Ilha do Marajó.
“Quem cortou a língua de feiticeira que os donos do mundo temiam?” (Coletivo Resistência Marajoara – BRASIL)
Média-metragem (digital) desenvolvido a partir de oficina de VIDEOTEATRO com base na obra “O Marajó” (Cap 34), de Dalcídio Jurandir
“A lenda da cobra grande” (Coletivo Resistência Marajoara – BRASIL)
Livre adaptação audiovisual da lenda da cobra grande, desenvolvida a partir de oficina de teatro.
“A festa da cobra” (Coletivo Resistência Marajoara – BRASIL)
Documentário sobre a tradicional festa da cobra, realizada no mês de junho, em Soure (Marajó)
FILME CONVIDADO: Marajó, O Movimento das Águas (SÉRGIO PÉO – RIO DE JANEIRO- BRASIL)
Filme iniciado em 1991, interrompido, por problemas técnicos e finalizado em 2010. A câmera percorre as margens do Amazonas, focando a diversidade da flora virgem. Caminha entre trilhas de gravetos culminando com a marcha folclórica dos ritmos marajoaras. O filme é uma homenagem a professora Lindalva Caetano, pesquisadora do folclore Marajoara.
REALIZAÇÃO: Sérgio Péo
Serviço: II FEST-FISC - Festival Internacional de Cinema Social. Universidade Cheik Anta Dioup, em Dakar, Senegal. Praça Tancredo Neves, Marambaia, Belém, Pará, Brasil. Dias 8 e 9 de fevereiro de 2011. Contatos: E-MAIL festfisc@gmail.com / TELEFONE (00 55 91) 8330 9435 (Francisco Weyl) - BLOG www.socialcine.blogspot.com - TWITTER www.twitter.com/cinemasocial
FEST-FISC terá sessões no Brasil
Única atividade audiovisual com origem amazônica a ser convidada para participar da 11ª Edição do FSM - Fórum Social Mundial, o FEST-FISC (Festival Internacional de Cinema Social) se configura como importante representante da capacidade de articulação dos produtores independentes paraenses no cenário internacional, o que só reforça a importância da Amazônia no campo da produção audiovisual mundial.
O FSM será realizada na Universidade Cheik Anta Diop e em outros locais de Dacar, capital do Senegal, no período de 6 a 11 de fevereiro e celebrará a diversidade da cultura africana e suas perspectivas para o futuro. E o FEST-FISC terá uma extensão Brasil, mais exatamente em Belém do Pará, no bairro da Marambaia (Praça Tancredo Neves).
O Festival (que está na sua segunda versão) será realizado nos dias 8, 9 e 10 de fevereiro de 2011 dentro da programação cultural oficial de atividades autogestionadas do FSM, como forma de criar mecanismos e oportunidades para o intercâmbio entre realizadores e produtores, das mais diversas origens, com as suas infinitas propostas estéticas, sendo, portanto, um festival aberto para todos os formatos, tecnologias e linguagens.
Reconhecido como importante contribuição em eventos anteriores para a promoção dos objetivos históricos do FSM através do uso da linguagem audiovisual – e convidado especialmente para integrar as atividades do FSM, o FEST-FISC tem a curadoria do Prof. Dr. Hilton P. Silva, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Pará, Brasil, e do poeta e realizador de cinema Francisco Weyl, que tomam a decisão final sobre o material a ser exibido.
Embora ambos tenham larga experiência com produção audiovisual e curadoria de mostras artísticas, Weyl e Silva desenvolveram uma primeira experiência bem sucedida (“Outros olhares”) com um festival de filme\vídeo internacional na Amazônia com temáticas sociais, durante o Fórum Social Mundial, em Belém, Pará, no ano de 2009. A partir dessa primeira experiência, ainda ao final de 2009, foi realizado a convite dos organizadores da reunião mundial do Fórum Internacional da Sociedade Civil (FISC), o I Festival Internacional de Vídeos Sociais do Fórum Internacional da Sociedade Civil - FEST-FISC, 2009, na Universidade Federal do Pará, Belém, que contou com a participação de mais de duas dezenas de filmes de diversos países, e estimulou a participação de realizadores amazônicos.
O FEST-FISC tem como prioridades a valorização da diversidade, a importância da relação entre o local e o global e a construção\valorização de identidades, objetivando ser um espaço plural, intercultural, que permita a manifestação artística, a fruição estética e o diálogo solidário entre os povos. A iniciativa nasceu da necessidade de se criar mais uma porta para o intercâmbio entre realizadores e produtores de todos os países do mundo, valorizando a diversidade de linguagens estéticas e formas de captação audiovisual, destacando com seu caráter inovador e não-competitivo o papel do cinema, do vídeo e da produção audiovisual em geral na construção de uma sociedade justa e solidária, motivo pelo qual todos estes filmes passarão a fazer parte do acervo da Biblioteca do Departamento de Antropologia da UFPA e da PARACINE – Federação Paraense de Cineclubes, que os utilizará com fins educativos, sem que os mesmos venham a ser comercializados ou reproduzidos.
Serviço – FEST-FISC BRASIL. Dias 8, 9 e 10 de fevereiro de 2011. Na Praça Tancredo Neves, Marambaia, 19H. Parceria FSM / CINEMA DE RUA / PARACINE / UFPA(ANTROPOLIGIA) / REDE APARELHO / MOCULMA-TELA DE RUA / CINECLUBE AMAZONAS DOURO. Informações adicionais poderão ser obtidas através do telefone: 55(91) 8330-9435 ou do e-mail: festfisc@gmail.com
Programação:
DIA 8 DE FEVEREIRO DE 2011: “Como a noite apareceu” – Alexandre Perim (ESPIRITO SANTO - BRASIL) / “Horizontem” – Amaury Tangará (MATO GROSSO - BRASIL) / “Visagem” – Roger Lou (MINAS GERAIS - BRASIL) / “Sonoro Diamante Negro” – Suely Nascimento (PARÁ - BRASIL) / “O mastro de São Caralho” – Márcio Barradas (PARÁ - BRASIL);
DIA 9 DE FEVEREIRO DE 2011: “Guiné-Bissau- colorido de ritmos e movimentos” –Hilton P. Silva (BRASIL / GUINÉ) / “Salinas Zacarias” – Chico Carneiro (Moçambique) / “Dezinho: vida, sonho e luta” - Evandro Medeiros (BRASIL) / “Meta_fora” – Coletivo Cinema Pobre (Cabo Verde) / “Contracorrente” – Francisco Weyl (BRASIL) / “Rapsódia do absurdo” – Cláudia Nunes (BRASIL) / “Pré-socrárticos e indígenas” – Jorge Bodansky (BRASIL) ;
DIA 10 DE FEVEREIRO DE 2011: “Quem cortou a língua de feiticeira que os donos do mundo temiam?” (Coletivo Resistência Marajoara – BRASIL) / “A lenda da cobra grande” (Coletivo Resistência Marajoara – BRASIL/ “A festa da cobra” (Coletivo Resistência Marajoara – BRASIL)/ Marajó, O Movimento das Águas (SÉRGIO PÉO – RIO DE JANEIRO- BRASIL)
Belém, 2 de fevereiro de 2011
©
Francisco Weyl