SEGUEM escritos digitados a partir de hoje, segunda, 1 de junho:
20 de maio:
Publico no blog aquele que foi o meu último escrito, entretanto, mais denso que os anteriores, porque comecei a especular a perspectiva antropológica das coisas, já que era mesmo inevitável o meu cansaço emocional a partir do meu envolvimento no espaço onde produzo esta obra, ou seja, imerso no município e já apaixonado por ele, pelo seu povo, pensando mesmo em me transferir profissionalmente – para apoiar a Prefeitura nas suas ações de comunicação e cultura (e já com a permissão do prefeito, mas: sem que o ofício solicitasse a transferência tivesse sido ao menos escrito, pelo que eu não poderia me permitir em ficar assediando os responsáveis pela escrita e emissão do documento, sob pena de não mais valorizar o meu interesse... e assim ficamos, nas intenções...), porque, em geral, em Soure, já o disse, as chuvas são intensas e por serem intensas e muitas vezes repentinas e outras bastante freqüentes e intermitentes, ora finas, ora banzeiros, há um curioso modus de ser do cidadão que nos olha de soslaio e desconfiado quando nós estrangeiros falamos como ele, nos seus olhos pode-se ler exatamente isso: vamos ver quantas chuvas este cidadão suporta, quantas águas haverão de cair dos céus até que aconteça (ou jamais aconteça!) isto que este um aí se põe a falar, ou seja, a chuva, mais que fenômeno natural torna-se então um indicador de possibilidades, afirmativas ou negativas...
...
E nem sei se neste escrito do dia 20 de maio eu afirmou uma coisa que tenho observado e afirmado em diálogos: que no Brasil as contradições são continentais por ser o Brasil um país continental, que o Governo Federal não é justo com o Norte e que faltam recursos para que ações concretas sejam realizadas no Marajó, então, com o processo de mediatização e de institucionalização,o cidadão marajoara só anda a valorizar o que a Instituição apóia e a mídia divulga – e como o trajeto deste Projeto segue na contramão deste percurso, há uma certa dúvida do sourense com relação aos nossos propósitos e se de fato nossos objetivos serão alcançados porque nem a institucionalidade local nos está apoiar (apesar de a Secretaria de Turismo nos ter cedido um espaço o qual usamos para realizar algumas aulas) e nem a mídia nos está a repercutir, o contrário acontecendo quando as ações vem de cima para baixa mediante parcerias de governos,l federal ou estadual, então, a mídia logo repercute e a comunidade acredita, mas, ora, se, dentro de uma perspectivas global, os recursos são parcos e se o Governo federal é injusto com o Norte e se as instituições são omissas e silenciosas e se as mídias se recusam a repercutir as ações de base, criadas, gestadas e desenvolvidas pela própria comunidade, começo a desconfiar que todo este processo danoso corrobora para que o cidadão comum marajoara desacredite, ele próprio, no que ele faz...
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20 de maio:
Publico no blog aquele que foi o meu último escrito, entretanto, mais denso que os anteriores, porque comecei a especular a perspectiva antropológica das coisas, já que era mesmo inevitável o meu cansaço emocional a partir do meu envolvimento no espaço onde produzo esta obra, ou seja, imerso no município e já apaixonado por ele, pelo seu povo, pensando mesmo em me transferir profissionalmente – para apoiar a Prefeitura nas suas ações de comunicação e cultura (e já com a permissão do prefeito, mas: sem que o ofício solicitasse a transferência tivesse sido ao menos escrito, pelo que eu não poderia me permitir em ficar assediando os responsáveis pela escrita e emissão do documento, sob pena de não mais valorizar o meu interesse... e assim ficamos, nas intenções...), porque, em geral, em Soure, já o disse, as chuvas são intensas e por serem intensas e muitas vezes repentinas e outras bastante freqüentes e intermitentes, ora finas, ora banzeiros, há um curioso modus de ser do cidadão que nos olha de soslaio e desconfiado quando nós estrangeiros falamos como ele, nos seus olhos pode-se ler exatamente isso: vamos ver quantas chuvas este cidadão suporta, quantas águas haverão de cair dos céus até que aconteça (ou jamais aconteça!) isto que este um aí se põe a falar, ou seja, a chuva, mais que fenômeno natural torna-se então um indicador de possibilidades, afirmativas ou negativas...
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E nem sei se neste escrito do dia 20 de maio eu afirmou uma coisa que tenho observado e afirmado em diálogos: que no Brasil as contradições são continentais por ser o Brasil um país continental, que o Governo Federal não é justo com o Norte e que faltam recursos para que ações concretas sejam realizadas no Marajó, então, com o processo de mediatização e de institucionalização,o cidadão marajoara só anda a valorizar o que a Instituição apóia e a mídia divulga – e como o trajeto deste Projeto segue na contramão deste percurso, há uma certa dúvida do sourense com relação aos nossos propósitos e se de fato nossos objetivos serão alcançados porque nem a institucionalidade local nos está apoiar (apesar de a Secretaria de Turismo nos ter cedido um espaço o qual usamos para realizar algumas aulas) e nem a mídia nos está a repercutir, o contrário acontecendo quando as ações vem de cima para baixa mediante parcerias de governos,l federal ou estadual, então, a mídia logo repercute e a comunidade acredita, mas, ora, se, dentro de uma perspectivas global, os recursos são parcos e se o Governo federal é injusto com o Norte e se as instituições são omissas e silenciosas e se as mídias se recusam a repercutir as ações de base, criadas, gestadas e desenvolvidas pela própria comunidade, começo a desconfiar que todo este processo danoso corrobora para que o cidadão comum marajoara desacredite, ele próprio, no que ele faz...
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